quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

De quem é essa voz?


Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda  a nosso Deus."  (Is 40:3)

O deserto é um lugar interessante, singular e ninguém quer estar nele. É um lugar despovoado, quente, estéril, há pouca vida. O Deserto da Judéia foi palco de muitas passagens emocionantes da bíblia: foi um importante refúgio em muitas ocasiões da história antiga. Davi escondeu-se do Rei Saul (I Sam. 26:1–3). Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites (Mt. 4:1–11; Mc. 1:12–13),  mas, acima de tudo, o deserto era o lugar menos cogitado para se viver uma vida, estabelecer  morada, pois é um lugar árido, perigoso, onde os ladrões ficavam a espreita esperando  os viajantes que por ali passassem, para praticarem seus assaltos e assassinatos.  O próprio Jesus utilizou a rota de Jerusalém a Jericó que atravessava o Deserto da Judéia como o cenário para a parábola do bom samaritano porque viajantes solitários eram presas fáceis naquela área (Lc. 10:25–37).
Podemos dizer que estamos vivendo num deserto espiritual!  Vemos a sede, o cansaço, o medo em um tempo em que as pessoas têm necessidade de Jesus. Presenciamos o ladrão, que é Satanás, roubar, matar e destruir as vidas que vagam sem direção neste deserto. Vidas essas, que buscam em todos os lugares e maneiras, e seus olhos enganosos lhes mostram um Oásis de águas cristalinas, mas quando se aproximam e vão beber da fonte ela está seca ou as águas são amargas. Infelizmente é o evangelho que vemos e ouvimos ser pregado. Um evangelho fácil, sem comprometimento, sem desejo de maturidade, sem estudo da Palavra e sem oração. As pessoas  vivem  apenas os momentos, e quando saem da igreja, ou do seu “momento” ela novamente está seca, sem vida. Não imaginam que Rios de água viva podem jorrar abundantemente e constantemente como disse o próprio Jesus.
Em um tempo de sequidão espiritual, apareceu um homem disposto a confrontar a religiosidade, descrença, o comodismo de sua época.  João Batista de levantou  no Deserto da Judéia, para pregar a mensagem que mudaria a vida de qualquer pessoa que a ouvisse  e praticasse. “Arrependei-vos!” .   Ele veio para preparar o caminho para Jesus antes do início  seu ministério.  João Batista era a voz que trazia esperança, exigia mudança de mente e  o levantar-se da zona de conforto. Mas era, também, a voz que irritava os ouvidos dos descrentes,  religiosos, descompromissados e  acomodados.
Estamos vivendo este mesmo tempo de sequidão: o que se vê a nossa volta? Religiosidade, comodismo, descrença, o pecado sendo tratado como algo “natural” e o evangelho sendo tratado como algo banal, descartável e até mesmo ultrapassado.
A mensagem a ser transmitida hoje é a mesma: arrependei-vos, é chegado o Reino de Deus!  Jesus já veio e cumpriu o seu ministério, e sua próxima vinda será para levar um povo escolhido, especial, zeloso e de obras incontestáveis. Temos anunciado essa real mensagem, ou apenas uma mensagem agradável  que massageia o ego das pessoas?
Haverá entre nós um João Batista que clame no deserto e anuncie que Ele vem logo, e que não há tempo a perder?
Seria esse João Batista corajoso e destemido,  eu ou você?
Por Célia Soncella


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