quinta-feira, 22 de março de 2012

Grande Deus - Pequenos Notáveis



 O capítulo 18 de Lucas  tem uma lição muito importante pra mim e pra você. Ele nos fala sobre várias pessoas, em várias ocasiões, e de como suas atitudes as colocaram em situação favorável ou não, pelas suas conversas com Deus

18:3  Certa viúva  - nem mesmo seu nome foi mencionado aqui porque, provavelmente, ela era pobre e necessitava que a justiça fosse feita por um juiz, que era maldoso, corrupto e mau caráter, uma mulher que, apesar de não obter uma resposta rápida, não deixou de clamar. Um exemplo de persistência.

18:10  O publicano - coletor de impostos, funcionário do governo romano, mal visto aos olhos do povo, principalmente judeus e, na sua maioria, eram corruptos, que era desprezado pelo  fariseu cheio de si, mas que se reconheceu necessitado da graça.

18:15   Os meninos - Uma criança nada tem a oferecer, a não ser sua inocência, desprendimento  e amabilidade. Sempre dependente, e em quase nada pode ajudar, agem sem pensar e são desprovidas de qualquer maldade. São “alvos-fáceis”, em situações de dificuldades. São desprezíveis aos olhos de outros adultos, como foram aos olhos dos discípulos, que não enxergavam além do que elas  poderiam oferecer, mas que, independente das dificuldades, só queriam estar perto de Jesus.

18:18  O Príncipe - que, apesar de desejar estar com Jesus, não foi capaz de se desenlaçar das riquezas, que o levaram embora triste, pois as amava tanto, que não conseguiu enxergar toda a  verdadeira riqueza, sabedoria e amor que só Jesus poderia lhe proporcionar, através de um relacionamento sem interesses.

18:38  O cego de Jericó -Um homem abandonado à própria sorte, que vivia mendigando, pobre e muito “pequeno” aos olhos de todos mas não aos olhos do Messias-Filho de Davi. Um homem que, apesar de ser cego, reconheceu que Jesus era o seu Salvador, e clamou por Ele.

Vemos, neste texto apenas, pois a continuação nos mostra mais “pequenos” se achegando à presença de Jesus e sendo vistos, notados e amados, que são estes que agitam e comovem o coração de Deus. Num mundo onde queremos ser “grandes”, os melhores, desejamos  sucesso, ser  aceitos, a competitividade é tão grande que, muitas vezes, deixamos de ser quem realmente somos, e acreditar do que realmente acreditamos, para alcançar o nosso espaço. O ser “pequeno”, no sentido de ser simples, perde rapidamente o  seu valor. Todos querem ser notados e notáveis.
Em todo este texto, percebemos que para se estar na presença de Jesus, a principal  e única coisa que precisamos, é de um coração quebrantado, simples, sem orgulho, sem falsa modéstia, sem  os rituais que não fazem qualquer sentido. No caso do publicano e do fariseu  nos versículos 10 a  14, vemos a diferença entre um e outro: o fariseu, cumpridor da lei, fazia até mesmo mais do que  a lei exigia:  jejuava duas vezes por semana enquanto a Lei exigia que se jejuasse uma vez por ano, no Dia da Expiação ("YOM KIPPUR"). Lv  16:31,  dizimava, era injusto, não era ladrão e blá, blá, blá...  se colocou acima de todos os outros homens, porém se esqueceu que o orgulho, que estava em seu coração, era o que o mantinha afastado  de Deus.  O publicano não ousou colocar os pés no local sagrado, ficou de longe, nem sequer levantava o olhar, mas batia do peito, reconhecendo seu estado de “necessitado da graça”, e clamava: Oh! Deus tem misericórdia de mim, pecador! Lucas 18:13. Imagino que ele falava baixinho, sussurrando, talvez. Sabendo que estava diante da Majestade do Deus criador, Senhor de todas as coisas. Mas também esperava que este Deus Soberano voltasse Seu coração ao clamor de um tão pequeno e desprezível pecador. O que Deus viu não foi a sua condição de pecador, de imerecedor da graça, de réu. Mas viu a sua condição de humildade, coração quebrantado e contrito.

Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás. Salmos 51:17

Quando Deus olha pra nós, Ele quer enxergar, através da aceitação do  sacrifício de Jesus, uma pessoa restaurada, limpa, justificada, mas consciente de sua necessidade da Graça.
Orar não é simplesmente ajoelhar-se e, com palavras feitas e um belo discurso, falar, e falar e falar. Orar é um coração sincero que se coloca diante de Deus e conversa com Ele como se falasse face a face, sem desculpas, sem medo, sem arrogância, sem meio-termos. É ouvir o que Ele tem a dizer, como fazem os bons amigos que tem um relacionamento saudável e sincero.
Como tem sido nossa conversa com Deus? Uma conversa mascarada, fingida, buscando aceitação, escondendo segredos? Fico imaginando Deus ouvindo nossa conversa, em como Ele se sente, já que nós sabemos que nada se esconde d’Ele.  Deve ser hilário, pra não dizer trágico.
Por que não deixarmos a hipocrisia de lado e termos uma conversa franca, honesta  e agradável com Deus?  Ahh  Ele quer!  
Por Célia Soncella

2 Comentários:

jaqueline disse...

Olá irmãos... POr vontade do nosso Deus, a amada irmã Celia, nos deixou tem 2 meses....Tambem amava o que ela escrevia....só nos resta reler sempre.....

Sandra Veneziani disse...

Olá, vim visitar teu cantinho e te oferecer: o o cartão de Natal do Toque, o cartão de 700 seguidores.Te agradecer por fazer parte desta historia encantadora.
Com o meu toque de carinho e amizade-San

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